Servidores de universidades federais de todo o Brasil se organizam em um movimento grevista, que abrange a maioria dos estados.
Na Paraíba, a novidade é que os professores da UFCG entraram em greve nesta segunda-feira (10).
Já os docentes da UFPB aderiram à greve no último dia 3 de junho.
Os servidores técnico-administrativos da UFPB e UFCG seguem a suspensão de atividades que começou no dia 11 de março.
Além disso, os professores e servidores técnico-administrativos do IFPB também paralisaram as atividades. O movimento no instituto começou nesta quarta-feira (3).
Acompanhe nesta reportagem como estão arranjadas as mobilizações no instituto e nas universidades federais da Paraíba.
Greve na UFPB
Os professores da UFPB (Universidade Federal da Paraíba) decidiram entrar em greve nesta segunda-feira (3). Durante assembleias, feitas na quarta-feira (29), a categoria aprovou o movimento com 167 votos favoráveis, 38 contrários e duas abstenções.
Os servidores técnico-administrativos de todos os campi da UFPB começaram a greve no dia 11 de março.
O movimento, organizado pelo Sindicato Dos Trabalhadores em Ensino Superior do Estado da Paraíba (Sintesp-PB), tem o objetivo de pressionar o Governo Federal para oferecer um reajuste salarial para 2024 e promover melhorias no Plano de Cargos e Carreiras dos Técnicos Administrativos em Educação-PCCTAE.
A paralisação, conforme o sindicato, é motivado pela falta de avanço do projeto de reestruturação do plano de cargos e carreira técnico-administrativos.
A UFPB se pronunciou em apoio à reivindicação de restruturação da carreira dos Técnicos Administrativos em Educação (TAEs). No entanto, esclarece que as exigências da categoria dependem do Governo Federal e não da própria universidade. O sindicato ainda não informou previsão sobre a duração da greve.
A instituição também emitiu uma instrução normativa determinado que cada setor envie diariamente, por meio de formulário, quais são os funcionários que aderiram à paralisação. Esses dias serão descontados dos salários.
A paralisação está de acordo com a data indicada pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação das Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) para a deflagração do movimento grevista em todo o país.
Com isso, o Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da UFPB suspendeu de forma temporária e parcial o calendário acadêmico do período letivo de 2024.1 para os cursos presenciais de graduação.
Ficam mantidas as atividades de pesquisa, pós-graduação e extensão, e mantidas as atividades de monitoria e tutoria. As atividades da Educação a Distância (EaD) também não são atingidas pela suspensão.
Fica garantida também a execução dos estágios aos formandos e pré-formandos, concluintes e pré-concluintes, que estejam matriculados em estágios supervisionados no seu último período de curso”. Os estudantes integrantes do internato de medicina (5º e 6º anos do curso) também não serão atingidos pela suspensão do calendário.
Por fim, as colações de grau do semestre letivo de 2023.2 também não serão suspensas.
Greve na UFCG
Os professores da UFCG também entraram em greve nesta segunda-feira (10). A paralisação segue por tempo indeterminado.
Já os servidores da UFCG (Universidade Federal de Campina Grande) também entraram em greve, mas no dia 11 de março.
Segundo o presidente do Sintesuf (Sindicato dos Servidores da UFCG), Mário Victor, a proposta de greve da categoria é uma orientação da Fasubra (Federação dos Servidores) e é motivada pela falta de avanço de negociações sobre reajuste salarial com o Governo Federal.
O Comando de Greve dos servidores da UFCG se reuniu com o reitor da universidade, o professor Antônio Fernandes Filho. Segundo o sindicato, o funcionamento de 30% das atividades essenciais em todos os campi ficou acordado com a reitoria, que considera justo o movimento dos servidores e deixou aberto o diálogo com a representação da categoria.
O sindicato não informou previsão para o término da paralisação.
Greve no IFPB
A greve no IFPB (Instituto Federal da Paraíba) começou nesta quarta-feira (3). Com isso, professores e servidores técnico-administrativos paralisaram as atividades por tempo indeterminado. O indicativo de greve no IFPB foi aprovado no último dia 26 de março em uma assembleia, que aconteceu no campus de João Pessoa. Nessa reunião, a adoção do movimento grevista teve 263 votos favoráveis, 15 contrários e 6 abstenções. A greve no IFPB foi aprovada para todos os campi:
- Areia
- Cabedelo
- Cabedelo (Centro)
- Cajazeiras
- Campina Grande
- Catolé do Rocha
- Esperança
- Guarabira
- Itabaiana
- Itaporanga
- João Pessoa
- Mangabeira
- Monteiro
- Patos
- Pedra de Fogo
- Picuí
- Princesa Isabel
- Santa Luzia
- Santa Rita
- Soledade
- Sousa
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica da Paraíba (SINTEFPB), as medidas que devem assegurar a manutenção de serviços essenciais e a quantidade serão definidas apenas após a formação do comando de greve e uma conversa com reitoria da instituição.
A categoria tem as seguintes reivindicações:
- Reestruturação de carreiras de técnicos e professores;
- Recomposição salarial, sendo de 34,32% para técnicos e 22,71% para professores;
- Revogação de algumas normas;
- Recomposição do orçamento;
- Reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes;
- Código de vagas e concurso imediato para técnicos e professores.
Em nota, na época da aprovação do indicativo de greve, a reitoria do IFPB informou que respeita o indicativo de greve e reconhece a legitimidade das reivindicações. Por outro lado, também se preocupa com os efeitos de uma greve para os estudantes. Por fim, garante que manterá um canal de negociação e diálogo.
Greve na UEPB
Os professores da UEPB (Universidade Estadual da Paraíba) aprovaram um indicativo de greve para o dia 19 de junho.
A categoria cobra ao governo do estado a retomada das negociações sobre o pagamento do retroativo das progressões de carreira. A negociação está parada desde novembro de 2023.
Segundo a Associação dos Docentes da UEPB (ADUEPB), essas progressões deixaram de ser pagas entre os anos de 2018 e 2023.
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